"Palavras fétidas são apenas vento fétido, e vento fétido é apenas hálito fétido, e hálito fétido e nauseante, portanto eu vou partir sem ser beijado” (Shakespeare, “muito Barulho por nada”, ato 5, cena 2). Podemos dizer que o problema da halitose é tão antigo quanto o próprio homem e tão trágico quanto algumas peças de Shakespeare. A halitose afeta aproximadamente 40% da população mundial, sendo estranho que um número tão grande de pessoas atingidas, até hoje seu tratamento seja, de certa forma, um tabu. A halitose é um problemas com conseqüências sociais e físicas tão sérias e trágicas que só quem a possui sabe avaliar as dificuldades que enfrenta. Através dos séculos, vários esforços têm sido realizados para resolver ou tentar lidar com a halitose, porém com resultados práticos não muito efetivos.
COMENTÁRIO: Cerca de 14% dos profissionais da saúde entrevistados ainda acreditam que o mau hálito é causado pelo estômago. Mostrando que ainda há muita desinformação sobre o assunto. Mesmo para profissionais que tratam o problema.
No tratamento da halitose por saburra lingual, a meta é a eliminação de compostos sulfurados voláteis (CSV) eliminando o substrato que os desenvolve e/ou as bactérias anaeróbias que os produzem.
Os compostos sulfurados voláteis mais prevalentes são muito conhecidos do nariz humano: "cheiro de ovo podre" do sulfidreto e "cheiro de estábulo" da metilmercaptana. A maioria das pessoas já os produziu (e produz) em algum grau, pelo menos durante o sono, daí o hálito desagradável ao acordar (devido à estagnação da saliva em virtude de um fluxo virtualmente zero durante o sono).
Os atuais estudos sugerem que a methylmercaptana (CH3SH) um dos componentes dos compostos sulfurados voláteis (CSV), pode ser um fator de contribuição para eventos enzimáticos e imunológicos que conduzem à degeneração tecidual na doença periodontal.
No contexto da patogênese da doença periodontal, inicia-se uma cascata de eventos que resultam num aumento degenerativo da doença periodontal.
I. Alterações patológicas:
• Sistêmicas: intestinal, hepática, pulmonar, renal, estomacal, diabetes, hormonal e outros.
Locais, que podem ser:
• de origem bucal: doença periodontal, cáries, lesões de mucosa bucal, cicatrizações de feridas cirúrgicas, neoplasias, miíases, higiene bucal, precária, etc.
• de origem das vias aéreas superiores: amigdalite, faringite, sinusite, adenóides, rinite, corpos estranhos nas fossas nasais e criptas amigdalianas, etc.
II. Alterações fisiológicas:
• halitose da manhã, da fome, alterações morfológicas da língua,etc.
III. Processos adaptativos:
• halitose por dieta hipocalórica, jejum, intervalos longos entre as refeições, exercícios físicos violentos,etc.
• halitose por eliminação de odorivetores produzidos pelo uso de produtos aromáticos como medicamentos e alimentos de odor carregado
Na grande maioria dos casos, o mau hálito, ou halitose, tem origem na própria língua, um órgão muscular revestido por papilas. Essas papilas possuem terminações nervosas que, estimuladas por moléculas, conduzem informação ao cérebro a fim de reconhecer o gosto das coisas. Como se pode observar na imagem abaixo, na parte posterior da língua, sobram espaços entre as papilas e se formam pequenas criptas. Neles se acumulam alimentos e restos de células que descamam do epitélio lingual. Esses resíduos funcionam como meio de cultura para as bactérias que, quando fermentam, liberam substâncias ricas em enxofre, que provocam o mau hálito.
Cáseos
Dióxido de cloro estabelizado
*Em enxaguantes onde o dióxido de cloro vem associado ao cloreto de cetilpiridínio, a interação do clorito de sódio (de natureza aniônica e fortemente oxidante) com o cloreto de cetilpiridínio (que é catiônico) resulta em liberação do oxigênio.
*O cloreto de cetilpiridínio possui a capacidade de desnaturar proteínas e destruir microrganismos.
*Depois que o oxigênio foi liberado devido à interação entre o clorito de sódio e o cloreto de cetilpiridínio, tem lugar a oxidação dos microrganismos anaeróbios, preservando, no entanto, os sistemas aeróbios dos tecidos bucais.
*A liberação altamente eficiente do oxigênio na combinação do cloreto de cetilpiridínio/clorito de sódio é também responsável pela oxidorredução dos CSV, mantendo-os em níveis extremamente baixos.
*É importante salientar que grande parte dos enxagüatórios bucais não funciona contra a halitose e também podem agravar o problema, pois contém álcool em sua formulação, o que desidrata a mucosa da boca aumentando o mau hálito.
A maior parte do mundo está usando ou soluções de bochecho com álcool na sua composição ou produtos muito perfumados para controlar ou mascarar os odores bucais.
*A maioria dos produtos enxagüatórios utilizados trazem consigo dois grandes inconvenientes:
Fonte: Dra. Olinda Tarzia